(Esta coluna foi ao ar no Primeiro Plano/TV Manaíra e Band News FM Manaíra em maio de 2016)
Não há intervalos no jogo político; assim como não há
decisão tomada por paixão ou ideologia. Há sempre interesses partidários,
financeiros... Tudo é avaliado, cada peça movida com o devido cuidado, com vistas ao presente,
claro, mas, principalmente, de olho no que se pode ganhar no futuro.
A filiação de Ricardo Marcelo e de Julys Roberto num passado recente ao PMDB mostrou bem isso. Não há trocas gratuitas. De um lado, vê-se o empoderamento
da legenda que agora é a maior da assembleia legislativa. E embora Julys Roberto garanta que permanecerá firme ao bloco aliado do governo, o bloco
oposicionista se fortalece, fica mais robusto, com melhoria significativa da
capacidade de briga.
Do outro lado, a jogada mais sutil e quiça a mais
inteligente. Uma tacada de mestre, eu diria. Manoel Júnior/PMDB, pré-candidato à
prefeitura da capital, ganha mais soldados dispostos a reforçar a linha de
frente da batalha pelo poder da capital. E com o PMDB na Presidência do Brasil, as chances do médico-deputado ficam ainda maiores! E para derrotar o PT, ex-legenda de Luciano Cartaxo/PSD, o jogo político – olha ele aí – trata de recompor velhas alianças. Em Brasília PMDB e PSDB já estão juntos! Se uniram para afastar Dilma Rousseff.
Aqui, o tucano de mais alta plumagem no Senado, Cássio Cunha Lima, pode se unir a Manoel Júnior... Adversários de ontem,
juntinhos de novo e não é pela ideologia.
A paquera já começou... O que falta para fechar questão?
Acordos, cadeiras, grana! E dependendo do que vem por aí, eleições municipais
vão ser café pequeno... 2018 e o governo da Paraíba são o limite. PSDB, que no
passado se um uniu ao PSB para derrotar o PMDB, agora pode e deve fazer o
sentido inverso para tirar o PSB de Ricardo Coutinho do páreo. Alguém duvida?
PS.: previsão da colunista se confirmou. PSDB e PMDB se uniram ao PSD para derrotar a candidata do PSB.
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