terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ao meu filho com amor...


Ele já está maior que eu. Aos 13 anos, acha que sabe tudo da vida! Observa o mundo, destemido; inventa soluções para as equações dos dias. Há sempre uma resposta certa. Há sempre uma resposta pronta que rasga o som sem ensaios ou rodeios. Mas hoje... Hoje ele vestiu um velho personagem, reassumiu um papel que tem ficado no canto das coisas sem importância – coisas da idade. Hoje ele se aninhou em minha cama e com a voz mansa pediu: mãe, fica aqui um pouquinho comigo. Por um minuto, passou um filme na tela dos meus olhos. Sorri. Abracei. Eu também me vesti... De um riso solto, daquele que faz a alma se expandir e a gente não caber em felicidade. Por um minuto, o ar ficou mais leve, o mundo rodopiou com graça e eu senti meu pequeno de volta. O que um afago não faz! Foi nele, nesse afago, que pela primeira vez em meses não me senti mais órfã dessa maternidade que faz a gente desejar parar a roda do tempo. Por um momento, fomos só nós. Ele e eu. Meu e dele. Sem diferenças. Sem interferências. Só amor e nada mais! Só eu e ele! E foi tão bom! Te amo, filho!

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