Se ainda não dá pra saber o rumo das
peças no tabuleiro político paraibano, pelo menos de uma coisa a gente pode
ter certeza: essa vai ser uma eleição de pelo menos 3 turnos.
A atipicidade se dá, a
princípio, pelas indefinições do processo. Só depois de 7 de abril é que
poderemos ver as coisas sem o véu da incerteza que repousa sobre quem vai ou
não abrir mão do mandato para entrar de cabeça na disputa. Vencido esse estágio, o próximo
turno: as convenções partidárias que vão de 20 de julho a 5 agosto.
Até lá, tudo é volátil demais,
portanto, muito frágil. O que parece certo pode mudar ao sabor da maré
partidária. Até lá, nomes aparentemente consolidados podem sair de cena, e
candidatos-surpresa podem virar o jogo internamente. Tudo vai depender do
momento, do cenário, do que vão dizer as pesquisas.
O terceiro turno vai ser em 7 de
outubro. Campanha curta que caminha para uma polarização embora a teoria
dominante afirme hoje que teremos 3
candidaturas fortes com PSB, MDB, PV puxando o bloco das oposições.
É possível, mas pouco provável por um motivo simples porém pragmático: nem aqueles que defendem a reunificação das oposições
acreditam mais na força desse projeto.
Entende agora o porquê da
polarização? As movimentações e as conversas que flutuam nos bastidores levam a
crer que poderemos ter uma composição entre os cartaxistas e ricardistas. Perceba que
falo de grupos, não de nomes... porque os nomes são tão incertos quanto o
futuro político da Paraíba.