terça-feira, 27 de março de 2018

Uma eleição, três turnos


Se ainda não dá pra saber o rumo das peças no tabuleiro político paraibano, pelo menos de uma coisa a gente pode ter certeza: essa vai ser uma eleição de pelo menos 3 turnos.

A atipicidade se dá, a princípio, pelas indefinições do processo. Só depois de 7 de abril é que poderemos ver as coisas sem o véu da incerteza que repousa sobre quem vai ou não abrir mão do mandato para entrar de cabeça na disputa. Vencido esse estágio, o próximo turno: as convenções partidárias que vão de 20 de julho a 5 agosto.

Até lá, tudo é volátil demais, portanto, muito frágil. O que parece certo pode mudar ao sabor da maré partidária. Até lá, nomes aparentemente consolidados podem sair de cena, e candidatos-surpresa podem virar o jogo internamente. Tudo vai depender do momento, do cenário, do que vão dizer as pesquisas.

O terceiro turno vai ser em 7 de outubro. Campanha curta que caminha para uma polarização embora a teoria dominante afirme hoje que teremos  3 candidaturas fortes com PSB, MDB, PV puxando o bloco das oposições.

É possível, mas pouco provável por um motivo simples porém pragmático: nem aqueles que defendem a reunificação das oposições acreditam mais na força desse projeto. 

Entende agora o porquê da polarização? As movimentações e as conversas que flutuam nos bastidores levam a crer que poderemos ter uma composição entre os cartaxistas e ricardistas. Perceba que falo de grupos, não de nomes... porque os nomes são tão incertos quanto o futuro político da Paraíba.


segunda-feira, 26 de março de 2018

Candidato ou não, Ricardo Coutinho é quem dá as cartas do jogo


Há muita especulação no jogo.
Pudera! Num cenário de incertezas, onde tudo é abstrato, reina a teoria das hipóteses. O mistério é rito natural do processo. Cada um que segure suas cartas. Afinal, há também muita coisa em jogo.
As notícias chegam a conta-gotas. Um diz uma coisa, outro diz outra e, assim, cozinham as definições em banho-maria. A verdade é que soltam apenas o que querem.
Assim vai ser até 7 de abril. Até lá, tudo o que disserem pode ser apenas boato. Tentativa de embaralhar o jogo alheio.
O que se sabe até agora? Que João Azevedo, do PSB, é pré-candidato ao governo. Que José Maranhão também está na pista, que Luciano Cartaxo mudou de partido e apoia a candidatura do irmão, Lucélio. Sabe-se que Manoel Júnior deixou o MDB e que Romero Rodrigues não aterrissou na reunião do ninho tucano na última semana.
É muito pouco. Está em vigor a política do quanto menos agora, melhor . Todos estão tirando de tempo - as preliminares permitem - e só vão mostrar suas cartas no tempo de Ricardo Coutinho. É ele, candidato ou não, que vai puxar os demais jogadores pro meio de campo.