quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Transparência pública: o calo de gestores paraibanos

No quesito transparência pública tem prefeitura paraibana dando exemplo, tem prefeitura fazendo feio. A gestão Luciano Cartaxo, prefeito de João Pessoa, está no primeiro grupo: aparece no topo do ranking da segunda avaliação do Índice de Transparência Pública 2016 do Tribunal de Contas da Paraíba, com nota 9.9, assim como a de Rinaldo Guedes, de Pirpirituba. Apenas 10 das 223 prefeituras do Estado ficaram no topo da lista com notas acima de 9.

Em compensação, 5 tiraram nota 0: Duas Estradas, Areia, Caaporã, Curral de Cima e Parati. Outras tantas tiveram notas bem baixas em uma escala que vai de zero a dez. Faltou a essas prefeituras alimentar seus portais com o básico: informações sobre ações, receita, despesas, licitações, contratos da gestão dos últimos 6 meses. Faltou fazer o dever de casa e o que rege a cartilha da constituição.

Dar acesso às informações e publicidade aos atos administrativos são obrigação do gestor e direito do cidadão. Isso tem que ser regra, não exceção. É a partir daí que a população acompanha o “andar da carruagem” da administração municipal, a destinação dos recursos. Essas regras consolidam a democracia, ajudam no combate à corrupção.  Gestor não pode fazer “corpo-mole” diante da Lei. E isso não beneficia só um lado. Todos ganham! Manter dados atualizados requer planejamento - o que é essencial para uma gestão que pensa longe - e traz os benefícios da eficiência e eficácia.

Os dados apresentados pelo TCE, portanto, devem servir a dois propósitos: para que a população assuma o papel que lhe cabe de fiscalizador, e para que prefeituras na contramão da lei de acesso à informação e da transparência implementem as mudanças necessárias para avançar rumo à melhoria da gestão, começando pelo planejamento de metas, definição de prioridades de investimento e foco no crescimento.


É preciso que entendam - prefeitos e suas equipes - que é urgente acabar com a cultura de apropriação da coisa pública, como o entendimento de que o serviço público deve correr solto, sem rédeas. O dinheiro que abastece cofres municipais, estaduais, federal é do povo. Precisa ser bem investido. Precisa de prestação de contas sem barreiras ou muralhas que dificultem a vigilância da população.

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