2018. Há quem acredite que é muito cedo para se falar em
eleições. O governador Ricardo Coutinho joga nesse time e ainda provoca quando
questionado sobre o Senado. Diz: “por que eu tenho que ser senador?”, “por que
meu projeto político não pode ser diferente disso?” Ora… Poder, pode. Mas
muitos perguntam porque esse é, via de regra, o caminho natural das coisas
depois de dois mandatos consecutivos de governador e na impossibilidade legal
de emendar um terceiro mandato. Foi assim com José Maranhão, eleito em 2014, e
com Cássio Cunha Lima, eleito em 2010.
Dizem que, pessoalmente, o projeto de Ricardo é outro:
disputar a prefeitura de João Pessoa em 2020. Fazer o que não tem sido feito,
segundo ele. Se pudesse escolher, seria essa uma alternativa em potencial. Mas
os planos do PSB para ele podem ser outros. O nome de Ricardo Coutinho já foi
ventilado para disputas nacionais. Falaram até na Presidência da República.
Agora esse crescimento teria que ser construído e a porta de entrada seria o
Senado Federal.
O mandato de senador é de oito anos. Em uma eleição são
renovados dois terços das 81 cadeiras do Senado, que tem três senadores para
cada Estado da federação; na eleição seguinte, há a renovação de apenas um
terço. Em 2018, duas das três vagas de senadores paraibanos vão estar
disponíveis: a de Raimundo Lira/PMDB, que assumiu a vaga de Vital do Rêgo –
hoje ministro do TCU, e a de Cássio Cunha Lima/PSDB Lira tem feito um trabalho
reconhecido pelo Partido e pelo Congresso. Já chegou até ser cogitado para
Ministro de Michel Temer. Foi ele quem presidiu a comissão do impeachment de
Dilma Rousseff e vai ser ele o novo líder do partido no Senado, função hoje
ocupada por Eunício Oliveira. Lira é riquíssimo. Tem uma fortuna avaliada em
mais de 55 milhões de reais. Pode muito bem bancar a própria eleição e levar
uma das vagas. E ele bem que está gostando do ofício.
Para a vaga restante, uma super e histórica disputa entre
Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho. Eles já se odiaram, já se amaram e hoje
estão em lados opostos como um casal depois de separação conturbada. Ricardo
tem grandes possibilidades. Tem sido protagonista nos encontros de governadores
do Nordeste. Tem apoio de Lira. Sem falar que o PSB pode fechar com PMDB e
formar uma aliança para indicar 2 nomes para a disputa. Esse estratégia é bem
comum. Cássio tem feito um bom trabalho no Senado, foi um dos principais
articuladores do Impeachment, ganhou ainda mais projeção nacional, mas pode
sofrer o abalo da provável candidatura do adversário socialista.
Se isso se concretizar, Se Ricardo Coutinho entrar na briga
por uma das duas vagas no Senado, Cássio Cunha Lima que se prepare. O chumbo é
grosso e a possibilidade de não se reeleger, real.
Nenhum comentário:
Postar um comentário