sexta-feira, 23 de junho de 2017

Ricardo Coutinho leva o mandato até o fim? O que a LDO sugere?


A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias na Assembleia Legislativa produz efeitos para além da gestão administrativa. Há uma mensagem subliminar por trás da imposição de um teto por parte do governo para os poderes legislativo e judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas. E essa mensagem é política com interpretações que testam a imaginação de qualquer um.

Há a tese do equilíbrio fiscal que não deixa de ser verdadeira. Afinal, é preciso arrochar o nó e fechar as torneiras já que a arrecadação do Estado vem caindo e os repasses federais também. Mas será só isso?  Desde ontem tem muita gente se coçando para entender ou enxergar o que pode estar por trás do óbvio.

Isso porque em 2018 o controle total do repasse do duodécimo para os demais poderes estará nas mãos de Ricardo Coutinho, e, a partir de 2019, do novo governador que assumir o comando do Estado. Com o limite do repasse dos bilhões de reais que o governo arrecada junto com os impostos que pagamos, se houver incremento da receita, isso não entra no bolo a ser fatiado. Percebe? Fica tudo para o executivo. Se os demais poderes precisarem de alguma suplementação, quem bate o martelo, quem libera ou não é o chefe do poder estadual. É poder demais!


É isso que intriga muita gente: será que este é um sinal de que Ricardo Coutinho pretende ficar no mandato até o fim? E quem seria seu sucessor? O PSB diz que nomes não faltam, mas não é bem assim. Ainda esta semana falei sobre a guerra fria entre Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues. Há ali uma disputa de egos e de forças. Alguém vai ter que ceder no fim das contas. Se for Cartaxo, ele hastearia bandeira branca e faria uma composição com o PSB de Ricardo Coutinho? Há quem diga: improvável. Mas, como na política todo fato controverso vira resultado do dinamismo do processo, eu, sinceramente, não duvido é de nada.

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