domingo, 21 de dezembro de 2014


Vozes 

Há tantas vozes no meu silêncio. Elas gritam, insinuam. Dizem o que não quero ouvir, teimam em querer desconstruir minhas ilusões – justo as ilusões que crio para justificar minha inércia, meu medo de romper comigo, com meus dilemas, com minhas dores. Dar um passo adiante traz riscos, assusta. É que não dá para prever o que vem depois da curva, por isso eu me agarro à falsa sensação de segurança que reside no ontem... por isso evito o futuro.

Mas essas vozes... ah, essas vozes sufocam! A verdade, no fundo, sempre tira o fôlego, desestabiliza. Traz primeiro a tempestade. E eu? Eu me afundo em incertezas. Ora riso, ora dor, tantos talvez! Como me irrita essa inconstância, essa postura passiva. Mas por hora, só queria calar meus pensamentos e acalmar meu coração. Por hora, só queria esquecer que é possível fazer escolhas e apertar o “mute” no controle da minha vida. Por hora – ou por um minuto sequer – só queria avançar um lapso de tempo, me perder de mim e, curiosamente, me encontrar!

2 comentários:

  1. É esse ser humano que mais me encanta, amigaaa. E olha que sou uma admiradora da profissional que VC é.

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  2. Querida, Deise, de você só posso esperar doçura e amizade sincera. Te admiro, te quero bem e torço por ti. Deus te abençoe!

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