sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Costuras pós-eleições



Luciano Cartaxo anunciou mudanças no seu quadro de auxiliares. Afastados de seus cargos para trabalhar  na campanha do Prefeito reeleito, Zennedy Bezerra e Diego Tavares voltam à gestão. O primeiro retoma a Secretaria de Articulação Política da Capital. O outro desembarca em Brasília como Secretário de Acompanhamento Governamental com a difícil missão de barganhar apoio, pedir dinheiro, cobrar investimentos, pressionar parlamentares e Governo Federal a liberarem recursos para a capital paraibana.

Um desafio e tanto para o ex-secretário de Comunicação e também do Trabalho que aposta na criatividade para superar a crise. Bem, eu diria que a tarefa vai exigir dele algo mais além de criatividade e jogo de cintura. É bem verdade que na capital federal, e me refiro ao Congresso Nacional, os gatos são pardos também de dia... Mas há um quadro de contenção que regula e estrangula o repasse de verbas federais a Estados e Municípios, e se aprovada a PEC 241, que estabelece arrocho aos gastos públicos, Diego Tavares terá que se superar na lábia e nas barganhas políticas. Foi-se o tempo em que um bom discurso ganhava o jogo.

Mas essas não devem ser as únicas peças a serem remanejadas. Aliados importantes de Cartaxo que não conseguiram vencer nas urnas devem ser aproveitados. Caso de Marmuthe Cavalcanti, Benilton Lucena...  Muito provavelmente vereadores eleitos de partidos que coligaram com o PSD serão acomodados em secretarias. Com isso, Cartaxo agrada a gregos e troianos e não vira as costas àqueles que o acompanham desde os áureos tempos de militância petista.

E Cartaxo precisa mesmo reforçar seu time na Câmara de Vereadores. Para isso, nada melhor que velhos companheiros de guerra, acostumados às batalhas na seara parlamentar. Isso porque cresce a massa de interessados em disputar a presidência da casa onde o Prefeito sempre contou com a firmeza de Durval Ferreira. Oposicionistas e vereadores da base aliada já manifestaram o desejo de ocupar a cadeira. Para garantir que a Câmara não seja um empecilho aos seus projetos, ele precisa contar com um presidente que conheça o regimento e coloque os interesses da Prefeitura à frente de tudo – e de todos.

Não demora para a dança das cadeiras começar. A cara do alto escalão de Cartaxo vai sofrer mais mudanças e a da CMJP também. 

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